Campo Grande aparece como a segunda Capital do Brasil com o menor índice de perdas de água. Os dados são do Estudo Perdas de Água 2024, do Instituto Trata Brasil, divulgada nesta quarta-feira (5) e retratam o Ranking do Saneamento de 2024. O índice de 19,8% é resultado de um Programa de Redução de Perdas, implantado pela Águas Guariroba desde 2006.
O Instituto Trata Brasil (ITB), organização da sociedade civil que busca a universalização do saneamento no país, em parceria com a consultoria GO Associados, publicou o “Estudo de Perdas de Água 2024 (SNIS, 2022): Desafios na Eficiência do Saneamento Básico no Brasil”, que busca expor o grande problema econômico e social da ineficiência no controle de perdas de água em nosso país.
O estudo foi elaborado a partir de dados públicos do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS, ano-base 2022) e compreende uma análise do Brasil, de suas cinco macrorregiões, das 27 Unidades da Federação e dos 100 municípios mais populosos do país (incluindo as capitais dos estados).
Garantir eficiência na operação foi fundamental para os bons resultados alcançados por Campo Grande. Para isso, algumas ações foram realizadas pela Águas Guariroba, concessionária responsável pelo sistema de abastecimento de água, coleta e tratamento de esgoto na Capital.
“Quando assumimos a concessão em Campo Grande, imediatamente implantamos um Programa de Redução de Perdas. Com isso, o índice de perdas de água na Capital de Mato Grosso do Sul teve queda de 56% (em 2006) para os atuais 19,7% (em 2024), o que representa que Campo Grande deixou de perder cerca 43.461.659 de metros cúbicos de água por ano”, pontua o diretor-executivo da Águas Guariroba, Gabriel Buim.
Entre as ações do Programa de Redução de Perdas estão a modernização do parque de hidrômetros da cidade: foram substituídos 381,8 mil hidrômetros antigos por novos; também foi realizada a implantação de um moderno Centro de Controle de Operações (CCO), referência no setor de saneamento, que por meio de um software (Takadu) faz o monitoramento do funcionamento da rede em tempo real.
Além disso, foi realizada a instalação de 62 válvulas redutoras de pressão (VRP) da água e de 197 sensores na rede, que ajudam a monitorar e controlar a pressão da água, para reduzir rompimentos na tubulação; também foi realizada a modernização de 185 macromedidores, que são equipamentos semelhantes ao hidrômetro, mas em dimensão maior e instalados em pontos de produção de água e saídas da rede de abastecimento de água, para controlar e padronizar o consumo.
Identificar vazamentos não aparentes no asfalto através de uma técnica chamada de geofonamento foi outra ação do Programa de Redução de Perdas. O Geofone é um equipamento que permite a identificação de vazamentos não aparentes, que ficam embaixo da terra. Com os aparelhos, as equipes identificam cerca 140 vazamentos por mês, com uma assertividade média de 66% das ordens de serviços geradas.
Por fim, foram intensificadas as fiscalizações sobre fraudes, com uma média de 4 mil casos identificados por mês.
Em paralelo a essas medidas, a Águas também está renovando redes de água mais antigas acompanhando, inclusive, obras de infraestrutura da prefeitura da Capital. Um investimento que garante um sistema de abastecimento cada vez mais eficiente, com maior regularidade no fornecimento de água para a população e, principalmente, que faz com que menos água seja perdida no trajeto de abastecimento.
“A estratégia está em investir em eficiência operacional, garantindo um sistema de abastecimento cada vez mais moderno, com maior regularidade no fornecimento de água para a população e, principalmente, que faz com que menos água seja perdida no trajeto de abastecimento”, explica o diretor-presidente da Águas Guariroba, Themis de Oliveira.