Advogado diz que nova prisão de Claudinho Serra foi "sem necessidade"

O advogado Tiago Bunning Mendes, responsável pela defesa do ex-vereador de Campo Grande Cláudio Jordão de Almeida Serra, o ‘Claudinho Serra’ (PSDB), esteve nesta sexta-feira (6) no Fórum da Capital para acompanhar a audiência de custódia do cliente, preso novamente na 4ª fase da Operação Tromper.

Bunning declarou à imprensa que se trata de “uma prisão preventiva sem necessidade”. O advogado rebateu as informações divulgadas pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), do Ministério Público de Mato Grosso do Sul. 

“A gente teve acesso aos autos ontem, ainda estamos analisando. Rapidamente, o que eu pude avaliar é que de fato não existe nenhum fato novo, como se noticiou ontem. Ah, que houveram novos contratos depois daquela terceira fase (abril de 2024) da operação, onde ele foi preso. Não, pelo menos que vi, não me parece que houve nenhum contrato e nem continuidade de contrato”.

Em nota, o Gaeco informou que, mesmo após as fases anteriores da operação, foi apurado que a atuação da organização criminosa permaneceu ativa, apesar da aplicação de medidas cautelares (monitoramento eletrônico).

Ainda conforme a defesa de Claudinho Serra, “Pelo que analisei, também não tinha nenhum ato de ocultação ou de lavagem (capitais) configurado… Todos os fatos que são narrados ali são de 2023 e 2022. Isso me causou muita surpresa… Agora, venha por uma alegação de que ocorria lavagem e ocultação de valores por transações de 2022 a 2023. Então isso me causou bastante estranheza”, afirmou.

Sobre um possível pedido de liberdade, o advogado declarou, “Estamos avaliando se vamos fazer um pedido de revogação da prisão para o juiz de primeira instância ou se vamos fazer um habeas corpus para o Tribunal de Justiça. A investigação tem 7 mil páginas, a gente ainda está analisando. Certamente vamos tomar alguma medida para revogar a prisão preventiva, porque eu entendo que ela foi uma prisão preventiva sem necessidade.”

Apontamentos da investigação

Segundo o Ministério Público de Mato Grosso do Sul, a nova fase da Operação Tromper decorre do desdobramento de investigações sobre uma organização criminosa voltada a fraudes em licitações e contratos administrativos com a Prefeitura de Sidrolândia. As apurações envolvem contratos milionários com empresas de engenharia e pavimentação asfáltica.

De acordo com o MPMS, foram reunidos elementos que indicam pagamento de propinas a agentes públicos e crimes de ocultação e dissimulação da origem de valores ilícitos. Os contratos investigados nas quatro fases da operação somam aproximadamente R$ 20 milhões. Após a audiência de custódia, Claudinho Serra deve ser recambiado para uma unidade prisional.

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