O advogado Tiago Bunning Mendes, que defende o ex-vereador de Campo Grande, Claudinho Serra, disse que teve acesso ao processo somente no final da tarde desta quinta-feira (5). Ele ressalta que o cliente foi obediente às medidas cautelares e discorda da prisão feita pelo Gaeco e Gecoc na Capital.
Mendes refuta o argumento do Ministério Público de MS de que os envolvidos no esquema de fraudes em licitações em Sidrolândia continuavam na prática criminosa. Isso, ao menos no tocante ao cliente dele.
”São sete mil páginas no processo. Tivemos acesso há pouco”, lamentou o advogado de Serra. Apontado como mentor do esquema que envolve contratos na ordem de R$ 20 milhões, Claudinho foi secretário de Fazenda na cidade distante 70 Km da Capital.
Ex-assessor de Claudinho também foi preso (Foto: Reprodução TJMS)
Prisões
Duas outras pessoas também foram presas na 4ª Fase da Operação Tromper. O outro encarcerado foi Cleiton Nonato Correia, dono da empreiteira CG Obras de Pavimentação Asfáltica, que fica no São Jorge da Lagoa. O terceiro preso, segundo site do TJMS, é Carmo Name Júnior. Ambos têm audiência de custódia marcada para esta sexta-feira.
Arma
Conforme o SidroNews, um dos alvos da investida policial foi abordado em uma casa na zona rural de Sidrolândia e tinha consigo uma espingarda sem registro. Sendo assim, foi levado à delegacia local.
Pela manhã, o MPMS divulgou breve nota sobre a operação e garantiu que o motivo da investida foi a continuidade delitiva dos envolvidos, mesmo após a deflagração de operações anteriores.
”A organização criminosa continuava operando normalmente, desrespeitando medidas cautelares já impostas. A atuação do grupo incluía montagem de processos licitatórios com empresas previamente escolhidas, simulações de legalidade e favorecimento sistemático em contratos públicos, sempre com o objetivo de desviar recursos e viabilizar o pagamento de propina’’, dizem os servidores do MP.
Ao todo foram cumpridos 29 mandados de busca e apreensão e 3 de prisão.