O advogado sul-mato-grossense Marlos Alberto de Paula Balcaçar foi preso com outras quatro pessoas em Guiné-Bissau, país na Africa Ocidental, no último sábado (7). O grupo transportava 2,6 toneladas de cocaína. Além dele foram presos, um colombiano, um equatoriano e dois mexicanos.
Marlos tem registro na OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) em Coxim.
A prisão aconteceu durante a operação ‘Landing’, no aeroporto de Bissau assim que o jato Gulfstream IV, com matrícula XA-SBT, com origem da Venezuela, pousou.
A operação teve participação de agências internacionais de combate aos narcóticos, como o DEA (Drug Enforcement Administration) dos Estados Unidos e o MAOC (N) (Centro de Análise e Operações Marítimas – Narcóticos), esta última com sede em Lisboa.
A ação conjunta é uma iniciativa de seis países membros da União Europeia e do Reino.
A PJ (Polícia Judiciária) guineense ainda não sabe de quem é a droga e como foi possível que o avião voasse da Venezuela e aterrasse no aeroporto de Bissau sem autorização. Por isso, a PJ diz que vai trabalhar para a descoberta de todos os envolvidos no processo e traduzi-los à justiça, conforme noticiado pelo, Edição MS.
A cocaína estava distribuída em 78 fardos. A droga foi toda guardada em um caminhão frigorífico da Polícia Judiciária.
O conselheiro político da Presidência da República guineense, Fernando Delfim da Silva, anunciou, dois dias depois, que serão tomadas medidas severas contra os envolvidos. “Medidas severas vão ser tomadas contra todos os implicados neste ato criminoso de aterragem no aeroporto Osvaldo Vieira de uma aeronave carregada de cocaína”, afirmou Delfim em um comunicado da Presidência.
O Presidente Umaro Sissoco Embaló se encontra em visita de Estado nos Emirados Árabes Unidos, mas deverá voltar ao país nos próximos dias, de acordo com fonte da Presidência.
Partidos da oposição acusam o regime no poder de dar cobertura ao tráfico de drogas na Guiné-Bissau. A posição é do Fórum de Salvação da Democracia, que junta o Madem G-15, ala fiel a Braima Camará, o PRS e a APU-PDGB. Os líderes do Fórum exigem do atual regime que explique ao país como foi possível a aterrissagem no aeroporto de uma aeronave em plena luz do dia, sem autorização.
O ex-Procurador-Geral da República e atual líder partidário, Juliano Fernandes, disse que a apreensão da droga no aeroporto de Bissau revela a existência de uma ‘agenda perigosa e sinistra em curso’ na Guiné-Bissau.