InícioPoliciaAdvogada do PCC cumprirá prisão domiciliar para cuidar da irmã

Advogada do PCC cumprirá prisão domiciliar para cuidar da irmã

Ela é acusada de envolvimento em organização criminosa, obstrução à Justiça e corrupção ativa.

A Justiça concedeu prisão domiciliar à advogada Paula Tatiane Monezzi, de 39 anos, presa desde o dia 24 de abril do ano passado acusada de envolvimento em organização criminosa, obstrução à Justiça, corrupção ativa, violação de sigilo funcional e lavagem de capitais.

Alvo de duas operações, denominadas Last Chat e a Courrier, deflagradas pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), a advogada, que chegou a ter o registro suspenso pela Ordem dos Advogados do Brasil – seccional de Mato Grosso do Sul (OAB/MS), vai ser monitorada com uso de tornozeleira eletrônica.

Conforme a decisão de soltura, publicada no Diário da Justiça desta terça-feira, a juiza May Melke Amaral Penteado Siravegna, da 4ª Vara Criminal, aceitou o pedido da defesa, de que atualmente a advogada é a única pessoa com vínculo familiar a prestar assistência à irmã, internada desde 19 de dezembro do ano passado, com quadro grave de saúde. Ainda segundo a defesa, a paciente não tem ninguém para cuidá-la, porque a mãe faleceu em 2020 e outro irmão não tem condições de assisti-la.

“No caso em tela verifica-se ter a requerente comprovado que sua irmã necessita de cuidados especiais em tempo integral e não possuir ninguém para cuidar da mesma, bem como constata-se que os crimes não foram cometidos com violência ou ameaça. Posto isto, substituo a prisão preventiva por prisão domiciliar com monitoração eletrônica”, decidiu a magistrada. Paula Tatiane não poderá sair da cidade, sem autorização da Justiça, a não ser para os cuidados médico-hospitalares com a irmã, sob pena de revogação da prisão domiciliar.

Caso – Conforme o Gaeco, a advogada Paula Tatiane, era um dos principais vínculos entre Rafael da Silva Lemos, o “Gazela” ou “Patrão”, e os outros integrantes de uma quadrilha de tráfico de armas e drogas que agia em Mato Grosso do Sul e outros dois estados.

Enquanto o líder Rafael comandava as ações de dentro da cadeia, Paula repassava os recados dele aos outros, atuando como “gravata do PCC”, de acordo com a investigação. A advogada recebeu mais de R$ 100 mil do grupo na ocasião.

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