Uma testemunha ouvida na Deaji (Delegacia de Atendimento à Infância, Juventude e do Idoso), pela delegada Daniella Kades, contou que o adolescente que matou Adryan Rodrigues, de 17 anos, em uma festa no Nova Lima, no fim de semana, teria se defendido de agressões.
A testemunha contou na delegacia que estavam na festa Adryan e um tio, que usava tornozeleira, o autor e mais um amigo quando todos começaram a discutir. Nesse momento, o trio teria ido para cima do adolescente, que tirou um canivete que carregava, dando um golpe em Adryan.
Uma advogada da família do autor foi até a delegacia para negociar a apresentação do adolescente, que está escondido depois de familiares de Adryan irem até a sua casa e o ameaçarem de morte.
No dia do crime, o Jornal Midiamax foi ao local e conversou com a proprietária do imóvel onde a festa aconteceu. Assim, ela contou que é mãe da menor que chamou Adryan para a confraternização. Conforme relato, ela deixou os adolescentes na parte externa do imóvel e foi dormir, mas por volta de 1h da manhã, foi acordada e o jovem já estava ferido.
“Minha filha mandou mensagem perguntando se poderia levar alguns amigos para fumar narguilé. Eu disse que poderia, mas adiantei que não era para acabar tarde. Coloquei nosso carro na frente de casa para sobrar mais espaço para eles no quintal e fui dormir. Quando foi por volta de 1h da manhã, bateram no meu quarto. Acordei assustada e o menino já estava esfaqueado. Ele estava aqui na festa dentro de casa”, explicou. A moradora ainda adianta que acionou o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), mas um veículo de cor vermelha encaminhou o adolescente até o posto de saúde do bairro Nova Bahia, onde acabou morrendo.
“Ligamos para o Samu, mas um rapaz que não conheço parou um carro vermelho e levou o Adryan. Ele disse que ia levar, pois o Samu poderia demorar. Quando o menino do automóvel virou a rua, a equipe de socorristas chegou. Avisamos que já havia sido levado e que não precisava mais. Depois chegou a polícia e a gente confirmou os fatos. Estamos dispostos a arcar com as consequências, pois são menores, sabemos que erramos”, disse.