Acusado de matar professor é absolvido por falta de provas e tem prisão revogada em MS

O Tribunal do Júri da Comarca de Sete Quedas decidiu pela absolvição de Élvio Alegre, acusado de matar o professor Igor Tavares dos Santos, em um crime que chocou a população de Paranhos em janeiro deste ano. A decisão foi proferida pelo juiz Túlio Nader Chrysostomo, que também revogou a prisão preventiva do réu, colocando-o em liberdade.

Segundo a denúncia do Ministério Público, o homicídio ocorreu por volta da meia-noite de 14 de janeiro, durante uma confraternização em um espaço de eventos. A acusação sustentava que Élvio, motivado por ciúmes, teria se aproximado da vítima por trás e efetuado cinco disparos — quatro nas costas e um no pescoço — utilizando uma arma calibre 9mm. Igor teria sido surpreendido enquanto participava da festa, o que teria dificultado sua defesa.

A denúncia ainda citava um histórico de desavenças entre os dois, devido a um antigo relacionamento amoroso de Igor com a ex-companheira de Élvio. Familiares da vítima relataram ameaças feitas por Élvio meses antes do crime.

No entanto, a sentença concluiu que as provas apresentadas não eram suficientes para levar o acusado a julgamento pelo Tribunal do Júri. Embora o laudo pericial tenha confirmado a causa da morte e testemunhas tenham apontado para um autor encapuzado, nenhuma delas foi capaz de identificar Élvio como o atirador.

O próprio acusado apresentou álibis, sustentando que, na hora do crime, estava em uma conveniência no Paraguai, acompanhado de amigos — versão corroborada por testemunhas.

“Não se pode tomar uma ameaça ocorrida um ano antes como suficiente para imputar o crime, ainda mais diante da alegada reconciliação entre vítima e acusado”, afirmou o magistrado.

O juiz também observou que nenhum elemento material, como arma, vestimentas ou registros nos celulares, conectava Élvio ao assassinato.

Diante da ausência de indícios mínimos de autoria, o juiz decretou a impronúncia do réu, impedindo que ele fosse submetido a julgamento popular. A prisão preventiva foi revogada e foram expedidos os alvarás de soltura.

A decisão foi publicada nesta segunda-feira (13) e poderá ser contestada pelo Ministério Público. Até o momento, não há informações sobre novo acusado pelo homicídio de Igor Tavares.

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