O cumprimento da pena é em regime fechado.
Jaqueline mudou completamente a versão apresentada em juízo, que resultou na exclusão de outro réu do processo. Ela afirmou ter sido coagida pelo ex-marido a participar da tentativa de homicídio e a mentir sobre o caso.
A defesa tentou absolvição por negativa de autoria, diante de coação moral irresistível, consistente em ameaças feitas por terceiros, e pediu afastamento das qualificadoras, mas o Conselho de Sentença a condenou por tentativa de homicídio qualificado.
O crime aconteceu no dia 10 de abril de 2019, por volta da 1h10 no Residencial Búzios.
Naquele dia, a vítima foi atraída para a residência do casal por meio de uma mensagem de Jacqueline enviada pelo Facebook. Na casa, o homem foi esfaqueado e teve o corpo queimado. Ele tentou fugir, mas foi novamente esfaqueado. A ré e o então marido saíram da casa, e a vítima foi socorrida por populares após gritar por socorro.
A denúncia do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) apontava, inicialmente, que a mensagem enviada pela rede social de Jacqueline partiu do então marido – que também era réu no processo – com consentimento dela. As facadas e o incêndio também seriam de autoria do homem. A participação da ré seria em ajudar o então companheiro a atrair o amante até o local.
Mudança de versão
Durante a Audiência de Instrução e Julgamento, realizada em 2019, Jacqueline negou que o então marido tenha participado de qualquer ação. Em juízo, assumiu total autoria, inclusive, das mensagens, facadas e do incêndio. Isso resultou na exclusão do outro réu do processo e apenas a mulher passou a responder pela tentativa de homicídio do amante.
Sentada no banco de réus do Tribunal do Júri nesta manhã, Jacqueline voltou a dizer que a culpa foi do marido, do qual está separada há três anos. Ela disse que, na época dos fatos, estava separada do companheiro e teve um relacionamento com a vítima. Ainda, afirmou que o próprio marido estaria em outro relacionamento.