Ocorrência envolvendo a Polícia Militar e indígenas que deixou três feridos nesta quinta-feira (12) aconteceu em região onde o guarani-kaiowá Simeão Fernandes Vilhalva foi assassinado em confronto com fazendeiros em 2016, na cidade de Antônio João, cidade a 281 quilômetros de Campo Grande.
Simeão tinha 24 anos quando foi encontrado morto na beira de um córrego da fazenda Fronteira com o rosto perfurado por uma bala de arma de fogo. A ação penal pela morte do indígena foi ajuizada ainda em 2015 pelo MPF (Ministério Público Federal), mas foi só em janeiro de 2018 que a denúncia criminal foi recebida pelo juiz.
De acordo com o advogado Anderson Santos, após ocupação da fazenda Barra nesta quinta, pela comunidade de Nanderu Marangatu, os indígenas foram atingidos por balas de borracha pela Polícia Militar, três pessoas ficaram feridas e uma delas ainda encontra-se internada.
“Após isso a Força Nacional foi para a região e somente temos informações que de os indígenas resistem na sede da fazenda”, disse Anderson.
Conforme os indígenas, trata-se da última propriedade que ainda não havia sido retomada pela comunidade, sendo que a última tentativa foi em 2016 quando houve ataque de fazendeiros que vitimou Simeão Vilhalva.