O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL) reagiu após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva o chamar de “lambe botas de Trump” e classificar sua atuação nos Estados Unidos como “terrorismo”. A manifestação foi publicada nesta terça-feira (3/6), na rede social X.
Ameaças contra Moraes
Desde que Donald Trump assumiu o poder, em janeiro deste ano, figuras ligadas à direita brasileira passaram a pedir sanções dos EUA contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O jurista brasileiro é acusado de desrespeitar os direitos humanos no Brasil e de perseguir figuras da direita como o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), acusado de golpe de Estado em 2022, por meio de ordens judiciais.
O filho 03 de Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro (PL), tem sido o principal articulador entre a direita brasileira e autoridades norte-americanas.
No dia 21 de maio, o governo Trump confirmou que Moraes pode ser alvo de retaliações dos EUA. O ministro pode ser atingido pela Lei Magnitsky, que aplica punições principalmente por vias econômicas.
Nos EUA em busca de sanções contra autoridades brasileiras, o parlamentar disse que o líder brasileiro não tem “moral” para falar sobre interferência americana. De acordo com Eduardo Bolsonaro, seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), só perdeu as eleições de 2022 porque “a administração Biden interferiu nas eleições do Brasil”. Provas, no entanto, não foram apresentadas.
Mais cedo, o presidente brasileiro afirmou que Eduardo Bolsonaro teria realizado uma “prática antipatriótica” ao ficar no país liderado por Donald Trump, em busca de retaliações contra autoridades brasileiras. Entre essas autoridades estariam ministros do STF envolvidos no julgamento de Jair Bolsonaro, acusado de tentar um golpe de Estado em 2022.
“É lamentável que um deputado brasileiro, filho do ex-presidente, está lá a convocar os Estados Unidos para se meter na política interna do Brasil. É isso que é grave. Isso que é uma prática terrorista, antipatriótica”, disse Lula durante evento no Palácio do Planalto. “O cidadão pede licença (do mandato de deputado) para ficar tentando lamber as botas do (Donald) Trump e pedindo intervenção na política brasileira”, disse Lula.
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