Camila Jara comemora anistia de Dilma: ‘justiça chega tardia, mas firme’

A deputada federal Camila Jara (PT) comemorou a anistia concedida à ex-presidente Dilma Rousseff, aprovada por unanimidade nesta quinta-feira (22), pela Comissão da Anistia, órgão vinculado ao Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC).

“Dilma foi presa e torturada por lutar contra a ditadura. Passou anos tentando ver reconhecida a violência que sofreu. Hoje, a justiça chega — tardia, mas firme. Por unanimidade, foi reconhecida como anistiada política. Uma reparação que carrega o peso de décadas de resistência”, afirmou a parlamentar.

Segundo informações do Metrópoles, a Comissão reconheceu Dilma Rousseff como anistiada política em razão das violações e violências que sofreu durante o regime militar no Brasil (1964-1985). Além do reconhecimento, foi aprovada uma indenização no valor de R$ 100 mil.

“Dilma Vana Rousseff desta comissão, pelos poderes que lhe são conferidos, lhe declara anistiada política brasileira. E, em nome do Estado brasileiro, lhe pede desculpas por todas as atrocidades que lhe causou o Estado ditatorial. Causou à senhora, à sua família, aos seus companheiros de luta e, ao fim ao cabo, como disse o relator, a toda a sociedade brasileira”, declarou Ana Maria Lima de Oliveira, presidente da Comissão da Anistia.

Dilma não compareceu à sessão por estar cumprindo agenda oficial em Xangai, na China, como presidente do Novo Banco de Desenvolvimento, o Banco do Brics.

“Nós queremos também lhe agradecer pela sua incansável luta pela democracia brasileira, pela sua incansável luta pelo povo brasileiro. Muito obrigada por a senhora existir e ser essa mulher que, como todos lhe chamam, Dilma, coração valente. Muito obrigada”, completou Ana Maria.

O conselheiro Rodrigo Lentes, relator do processo, destacou que, durante a ditadura, Dilma “dedicou-se à defesa da democracia, da igualdade, da educação estudantil e dos direitos sociais, por meio de intensa atividade política e de oposição aos abusos cometidos pelo regime militar”. Segundo ele, a ex-presidente foi “constantemente perseguida por seu posicionamento político de críticas e oposição ao governo militar”.

O pedido de anistia foi apresentado pela primeira vez em 2002, mas Dilma solicitou a suspensão do processo enquanto ocupava cargos de ministra de Estado e de presidente da República.

Além do caso de Dilma Rousseff, outros 95 pedidos também foram analisados na sessão plenária desta quinta-feira.

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