Carlo Ancelotti pode quebrar tabu centenário na Copa do Mundo

Desde o anúncio de Carlo Ancelotti como novo técnico da Seleção Brasileira, a atenção do público e da imprensa esportiva mundial se voltou para a possibilidade de um feito inédito na história do futebol: conquistar a Copa do Mundo com um técnico estrangeiro. Até hoje, nenhuma seleção campeã do torneio foi dirigida por um treinador de outra nacionalidade.

Levantamento realizado pela empresa de inteligência esportiva Oddspedia revelou que, nas 22 edições da Copa do Mundo já disputadas, entre 1930 e 2022, todas as seleções vencedoras contaram com técnicos que compartilhavam a mesma nacionalidade dos jogadores. A tradição, que se mantém há quase um século, reforça o tamanho do desafio que Ancelotti tem pela frente ao assumir o comando da equipe brasileira.

O estudo da Oddspedia mostra que, além das vitórias, a tendência também se repete entre os vice-campeões. Com exceção da Holanda de 1978, que foi finalista sob a liderança do austríaco Ernst Happel, todas as outras seleções que chegaram à decisão também contavam com técnicos compatriotas.

A contratação de Carlo Ancelotti marca uma mudança significativa na história da Seleção Brasileira, que nunca havia sido dirigida por um treinador estrangeiro em competições oficiais. O técnico italiano, multicampeão por clubes como Milan e Real Madrid, carrega uma trajetória vencedora no futebol europeu, mas encara agora o desafio de romper uma tradição profundamente enraizada nas Copas do Mundo.

Carlo Ancelotti ao lado do jogador brasileiro Vini Jr. (AFP via Getty Images)

Histórico das Copas confirma a tradição entre técnicos e seleções

Desde a primeira edição do torneio, realizada no Uruguai em 1930, a relação entre a nacionalidade do técnico e o sucesso das seleções campeãs se manteve constante. Na ocasião, o Uruguai levantou a taça sob a liderança de Alberto Suppici, enquanto o vice-campeonato ficou com a Argentina, treinada por Francisco Olazar.

Ao longo das décadas, diversos técnicos consagraram-se ao conquistar a Copa dirigindo suas seleções de origem. Entre eles, nomes como Vittorio Pozzo, que levou a Itália ao bicampeonato em 1934 e 1938; Mário Zagallo, campeão com o Brasil em 1970; e Franz Beckenbauer, que liderou a Alemanha Ocidental ao título em 1990.

O levantamento da Oddspedia analisou todas as finais da Copa, verificando os registros oficiais da FIFA, estatísticas históricas e bases reconhecidas do futebol mundial. Os dados confirmam que nenhuma seleção que ousou com um técnico estrangeiro chegou ao título.

Além disso, entre os vice-campeões, a exceção representada pela Holanda de 1978 reforça o caráter incomum da escolha por treinadores de outras nacionalidades em seleções que alcançam as fases decisivas do torneio.

Missão de Carlo Ancelotti une expectativa e desafio sem precedentes

A nomeação de Carlo Ancelotti como técnico da Seleção Brasileira não apenas rompe com uma tradição nacional, mas também desafia um padrão global no futebol de seleções. O treinador italiano terá a oportunidade de se tornar o primeiro estrangeiro a conquistar a Copa do Mundo à frente de um país diferente do seu.

A Oddspedia destaca que essa tradição pode estar associada a fatores simbólicos e culturais, como o papel do técnico na formação da identidade da equipe. O alinhamento entre a cultura tática do treinador e as características históricas do futebol praticado pela seleção é frequentemente citado como um dos elementos que favorecem o sucesso.

No caso brasileiro, a escolha por um treinador estrangeiro representa uma aposta na experiência internacional de Ancelotti e no seu repertório tático, que inclui títulos em competições como a Liga dos Campeões da UEFA. Resta saber como essa bagagem será adaptada ao contexto do futebol brasileiro e às expectativas da torcida.

Fundada em 2013, a Oddspedia é uma empresa especializada em inteligência esportiva, que fornece dados, estatísticas, prognósticos e análises para fãs e profissionais do esporte em todo o mundo. Seus estudos já foram citados por veículos internacionais como The Guardian e New York Post.

Com o início do novo ciclo da Seleção Brasileira sob o comando de Carlo Ancelotti, a expectativa gira em torno da possibilidade do italiano quebrar o tabu histórico e inscrever seu nome na história da Copa do Mundo como o primeiro técnico estrangeiro a alcançar o título.

 

 

 

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