A rinha de galos flagrada neste domingo (18) pela Polícia Militar Ambiental no bairro Tarumã, em Campo Grande, contava com uma estrutura fixa de alvenaria e até arquibancada para os espectadores. Segundo os policiais, o espaço funcionava como uma espécie de arena, o que reforça a suspeita de que os eventos eram realizados com frequência no local.
No momento da abordagem, a prática criminosa estava em andamento. Havia diversos participantes reunidos, alguns assistindo e outros realizando apostas, quando os agentes chegaram.
Ao todo, 44 galos foram resgatados, todos com sinais de ferimentos provocados pelas lutas. Os animais estavam confinados em condições insalubres, sem acesso à água e alimentação, situação que configura maus-tratos de acordo com a legislação ambiental vigente.
De acordo com a PMA, os animais eram forçados a lutar até a exaustão ou à morte, frequentemente sob efeito de estimulantes e com uso de esporões artificiais, dispositivos que tornam os combates ainda mais letais. O responsável pela organização da rinha foi preso em flagrante, assumiu ser o dono dos galos e também o promotor dos eventos.
Ele foi encaminhado à Delegacia de Polícia Civil. Além da prisão, foi lavrado um auto de infração ambiental no valor de R$ 132 mil, com base na quantidade de animais envolvidos e na gravidade das irregularidades constatadas.
A prática de rinha de galos é considerada crime ambiental e pode resultar em pena de reclusão, além de multas administrativas severas. A investigação agora busca identificar outros envolvidos nas apostas e nas possíveis edições anteriores do evento.