A execução está programada para as 18h no horário local (20h de Brasília)
Brad Sigmon, de 67 anos, será executado nesta sexta-feira (7), na Carolina do Sul, por meio de fuzilamento, método que não era utilizado nos Estados Unidos há quase 15 anos. A execução está programada para as 18h no horário local (20h de Brasília), segundo a Associated Press (AP).
Salvo um adiamento de última hora, Sigmon será a primeira pessoa a ser executada dessa forma no país desde 2010 e apenas a quarta desde que a pena de morte foi restabelecida nos EUA, há 49 anos.
O condenado, que passou 23 anos no corredor da morte, será levado à câmara de execução, onde será amarrado a uma cadeira e terá um alvo posicionado sobre o coração. Antes do procedimento, terá a oportunidade de dizer suas últimas palavras. Em seguida, sua cabeça será coberta por um capuz e uma cortina será aberta para revelar a cena aos espectadores. Três atiradores voluntários então dispararão simultaneamente contra seu peito. Um médico confirmará a morte poucos minutos depois. O processo deve durar cerca de cinco minutos, um tempo significativamente menor do que o necessário para uma injeção letal.
“Isso será horrível e bárbaro”, diz irmão de ex-executado
O fuzilamento é um método raro nos EUA, mas amplamente utilizado em outros países onde há pena capital, como Indonésia e China. Segundo seus advogados, Sigmon optou pelo fuzilamento por considerar que as alternativas disponíveis, como a cadeira elétrica, seriam ainda piores.
Alguns defensores desse método argumentam que ele é mais rápido e causa menos sofrimento ao condenado. No entanto, Randy Gardner, irmão de Ronnie Gardner — última pessoa a ser executada dessa forma nos EUA, em 2010, no estado de Utah — discorda.
“Isso será horrível e bárbaro”, disse Randy à AP. Ele acredita que as munições usadas na execução de Sigmon tornarão o processo ainda mais brutal do que a execução de seu irmão.
O crime
Brad Sigmon foi condenado pelo assassinato brutal dos pais de sua ex-namorada, crime cometido em 2002. Inconformado com o término do relacionamento, ele perseguiu o casal dentro da casa da família e os espancou até a morte com um taco de beisebol, depois que eles o expulsaram da caminhonete onde vivia.
Após o crime, Sigmon sequestrou a ex-namorada sob ameaça de arma e tentou matá-la quando ela conseguiu escapar do carro onde era mantida refém. Ele chegou a disparar contra ela, mas não acertou.
“Minha intenção era matá-la e depois tirar minha própria vida”, admitiu à Justiça na época.