O deputado licenciando, Eduardo Bolsonaro, foi desmentido pelo presidente americano, Donald Trump, sobre a vinda de representante ao Brasil para tratar de sanções contra autoridades brasileiras. A informação foi noticiada neste sábado (4), pelo colunista Jamil Chade, do Uol.
Segundo o colunista, a viagem anunciada por Eduardo Bolsonaro de um funcionário do governo Trump já havia sido organizada pelo próprio governo brasileiro e tem como objetivo estabelecer uma cooperação entre os dois países no combate ao crime organizado.
Desde sexta-feira, Eduardo vem anunciando que David Gamble, coordenador do escritório de sanções do Departamento de Estado, estaria viajando ao Brasil para tratar de medidas que a Casa Branca estaria supostamente pensando em adotar contra o ministro Alexandre de Moraes e outras autoridades brasileiras.
A versão do governo americano foi outra.
O Departamento de Estado dos Estados Unidos enviará uma delegação a Brasília, chefiada por David Gamble, chefe interino da Coordenação de Sanções. Ele participará de uma série de reuniões bilaterais sobre organizações criminosas transnacionais e discutirá os programas de sanções dos EUA voltados ao combate ao terrorismo e ao tráfico de drogasAssessoria de imprensa da embaixada dos EUA no Brasil.
O que o filho do presidente também não revelou é que a viagem faz parte de uma agenda oficial de cooperação entre Brasil e EUA. Gamble tem agenda no Itamaraty, Ministério da Justiça e outros órgãos federais.
Em abril, outra missão também buscou áreas de aproximação entre Brasil e EUA, principalmente diante da ação da Casa Branca contra gangues estrangeiras. Também em abril, a polícia americana anunciou a prisão de 18 brasileiros, sob a suspeita de participar de ações do PCC em território americano.
Há uma semana, a Polícia Federal assinou um acordo com os americanos para ampliar a luta contra o crime organizado, o que prevê a troca de informações entre os dois países. O anúncio foi feito com destaque pelo próprio governo Trump.
Ainda assim, o governo brasileiro viu com desconfiança o anúncio do bolsonarista e procurou o Departamento de Estado para saber se a visita oficial teria desdobramentos para além da agenda que o americano teria com o governo.
Nos EUA, Eduardo Bolsonaro tem se dedicado a articular uma ação do governo Trump contra autoridades brasileiras, tendo em vista a eleição de 2026 no país.