O corpo de Jorge Avalo, o ”Jorginho”, foi encontrado, na manhã desta terça-feira (23), pelo próprio cunhado, na região do Pantanal entre Miranda e Aquidauana. No exato momento do achado, o homem revelou que Deus lhe indicou o local onde os restos mortais estaria.
Jorginho sumiu na segunda-feira (21), dia onde o ataque mortal do felino ocorreu, segundo a Perícia Técnica. Um grupo de buscas foi montado e era composto pelo familiar da vítima.
”Graças a Deus! Deus falou pra mim: ‘vai lá naquele capão, lá’. Tinha certeza que o meu cunhado iria estar aqui”, desabafou o parente com a voz trêmula e chorosa. No momento do encontro, era possível ouvir barulho de facões cortando a vegetação para ampliar a visão do corpo.
”Vixe, ficou só…(os restos)”, exclamou o cunhado a ver o corpo de Jorginho. Um outro homem lamenta: ”comeram tudo ele!”.
Em outro trecho, o familiar chora copiosamente e dá a entender que a irmã dele não poderia ver o corpo naquela situação.
Ataque
Segundo a Polícia Militar Ambiental, os primeiros indícios do ataque da onça a Jorginho reforçam hipóteses diversas hipóteses, entre elas a falta de presas naturais – como capivaras e catetos –, o que pode estar levando grandes felinos a se aproximarem de áreas habitadas em busca de alimento.
A corporação também avalia outras possibilidades, como uma reação defensiva da onça diante de alguma atitude involuntária da vítima, ou ainda o aumento de agressividade durante o período reprodutivo da espécie.
”A investigação segue em andamento, mas há fortes indícios de que a escassez de alimento esteja interferindo diretamente no comportamento dos grandes predadores da região”, informou um porta-voz da PMA.
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