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Municípios do Leste do estado estão sob alerta para casos graves de dengue

Mato Grosso do Sul confirmou a primeira morte por dengue em 2025, no município de Inocência. A vítima é uma mulher de 76 anos que não possuía comorbidades e apresentou contaminação pelo vírus tipo 2. Outras duas mortes estão sendo investigadas e uma das preocupações das autoridades da Saúde é a circulação de outra variante do vírus, a dengue do tipo 3 (DENV-3), um dos sorotipos mais virulentos da doença.

Dados do Boletim Epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MS) revelam que, entre os 673 casos confirmados da doença no estado, quase 50 pacientes tiveram diagnóstico positivo para a dengue tipo 3, que não circulava em MS há mais de 15 anos .

Por isso, boa parte da população não apresenta imunidade contra essa variante. A gerente do Setor de Doenças Endêmicas da SES, Jéssica Klener, falou sobre a sazonalidade da doença neste início de ano, destacou ações de combate e deu orientações importantes para a população.

A investigação já apontou o que provocou essa morte registrada em MS?

Jéssica Klener: “O sorotipo desse óbito foi dengue 2, que já estava em circulação no estado, mas que também pode levar ao agravamento do quadro. Não se pode afirmar que a paciente demorou a receber o tratamento, mas a questão do manejo do paciente é essencial, também a ação do paciente de procurar uma unidade mais próxima imediatamente, tudo isso tem influência”.

E quando o paciente deve se preocupar e buscar atendimento médico?

Jéssica Klener : “Quando sentir qualquer sintoma como febre, dor atrás dos olhos, na articulações ou pelo corpo, é necessário procurar a unidade de saúde mais próxima. E também não se automedicar. A gente bate muito nessa tecla, a automedicação pode agravar o quadro da dengue e levar a óbito. Se não tiver o tratamento correto, a dengue pode levar ao agravamento, e necessidade de internação até em uma Unidade de Tratamento Intensivo”.

As duas mortes que estão sendo investigadas ocorreram em quais municípios e quando sai esse resultado?

Jéssica Klener: “Essas duas mortes ocorreram em Campo Grande e outra no interior. Alguns resultados saíram de forma parcial. Então a gente tem toda uma investigação antes de confirmar. Acredito que até a próxima semana, possivelmente saia já o resultado. E a análise para a confirmação da doença pode começar assim que o paciente procura a Unidade de Saúde. O material já pode ser coletado e enviado para o Laboratório Central, o nosso laboratório de referência, que é o Lacen. Isso deve ocorrer a partir do primeiro ao quinto dia de sintomas, a biologia molecular, o PCR, que a gente fala que é o padrão ouro. É nesse exame que a gente consegue saber qual o sorotipo circulante. A partir do sexto dia, somente é feita a sorologia”.

Campo Grande teve o primeiro caso do sorotipo 3 confirmado. O que significa ter essa reintrodução dessa variante no estado e, principalmente em municípios que não apresentam alto índice de infestação para o mosquito?

Jéssica Klener: “Essa questão da reintrodução do sorotipo 3 traz a questão do alerta. Hoje, no estado, nós temos 44 casos de sorotipo 3, sendo a maioria em Três Lagoas, justamente próximo à São Paulo. Além de Três Lagoas, há casos também em Inocência, Paranaíba, Aparecida do Taboado. Na região Leste e também na região Norte, em Costa Rica, Chapadão do Sul e Alcinópolis. A gente se preocupa porque muitas pessoas não tiveram contato com esse sorotipo, tem muito tempo que não circula no estado, há aproximadamente 15, 16 anos que não tinha essa circulação”.

E como que a Vigilância em Saúde tem atuado diante dessa situação?

Jéssica Klener: “Estamos fazendo a notificação, a busca ativa. No momento em que a gente tem a suspeita da doença e a Secretaria de Saúde é notificada, fazemos a comunicação ao Controle de Vetores do município para fazer o bloqueio da transmissão do vírus. São estratégias que estão em andamento nesses municípios, como a estratégia de visitação, que ocorre de forma constante. Eu falo que, no estado, a gente nunca para essa questão da vigilância em relação às arboviroses, mas nesse momento que tem o maior volume de chuvas, o calor, intensifica o problema ainda mais”.

E como está o ritmo de vacinação contra a dengue aqui no estado?

Jéssica Klener: “Foi feita uma resolução para incentivar os municípios na cobertura vacinal. A gente observa alguns municípios em baixa, mas outros já estão aumentando esse índice. Eu acredito que a gente pode melhorar ainda mais, porque a vacina está disponível e nós somos o único estado do Brasil em que todos os municípios receberam o imunizante. Se a gente tem esse suporte, tem que aproveitar. É necessário ter esse cuidado, porque nós temos divisa com outros estados e também com outros países, onde a circulação do vírus é maior”.

Quais os municípios com maior incidência da dengue?

Jéssica Klener: “Nos últimos 14 dias a gente percebeu alta incidência nos municípios de Selvíria, Inocência, Japorã, Jateí, Pedro Gomes, Paraíso e Miranda. Hoje o maior número de casos é Selvíria, que vem nos preocupando por conta desse aumento de casos de dengue e o município está próximo à São Paulo”.

Qual e recomendação para a população nesse momento?

Jéssica Klener: “É o que a gente sempre fala: fazer a tarefa de casa. Tirar uns 10 minutos por dia para olhar se tem água parada, se tem lixo acumulado. É preciso ter esse cuidado. No momento em que você lava a calçada da sua casa, a varanda, e deixa uma água parada, é ali que o mosquito vai fazer um berçário para ele. E há a questão de procurar um atendimento mais próximo assim que tiver os sintomas e não se automedicar, principalmente isso: não se automedicar! Essa mania que muita gente tem de usar o anti-inflamatório para tudo, pode agravar um quadro de dengue e levar à morte”.

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