O Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado) cumpre em Mato Grosso do Sul ordens judiciais referentes a uma das maiores quadrilhas criminosas do Brasil investigada por promover desafios violentos para crianças e adolescentes que inclusive já levou a morte de uma delas: Sarah Raíssa Pereira, de 8 anos, no Distrito Federal. A Operação é nacional da Polícia Civil nos Estados do Rio de Janeiro, MS, São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais, Goiás e Rio Grande do Sul, nesta terça-feira (15).
A menina Sarah morreu após ter inalado desodorante em um desafio da rede social. A Operação que visa combater a quadrilha que divulga esses desafios chama-se Adolescência Segura. São cumpridos 20 mandados de busca e apreensão, 2 de prisões temporárias e 7 medidas de internação provisória de adolescentes infratores, com o apoio de policiais civis dos sete estados e do CyberLab da Secretaria Nacional de Segurança. Até o momento, dois homens foram presos e dois menores apreendidos.
Conforme a Polícia Civil, a rede criminosa é altamente estruturada. “As investigações iniciaram em 18 de fevereiro de 2025, quando um morador de rua, que estava dormindo, foi atacado e teve 70% do seu corpo queimado por um adolescente que atirou dois coquetéis molotov em sua direção, enquanto um homem filmava todo o evento e transmitia em tempo real em uma plataforma online”.
Além de desafios, o grupo motiva competições, automutilação coletiva, crueldade contra animais e incitação ao ódio. Os jovens que ganhassem teriam recompensas.
Agências independentes dos Estados Unidos foram alertadas sobre essas quadrilhas que agem no Brasil que dominam o cenário virtual.
Os alvos da investigação serão responsabilizados por diversos crimes, como tentativa de homicídio, induzimento e instigação ao suicídio, armazenamento e divulgação de pornografia infantil, maus-tratos a animais, apologia ao nazismo e crimes de ódio em geral.