‘Ridículo’, esse foi o termo usado por representantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) sobre o ritmo da reforma agrária do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) depois de uma reunião com o presidente no Palácio do Planalto, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira e o presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra)César Aldrighi. Membros do MST conversaram com jornalistas após o encontro.
“Não queremos discutir formas de como será o processo de reforma agrária, nós queremos que resolva o problema da terra. Nós não aceitamos na próxima reunião ou ao final deste ano ter um número tão ridículo como esse, 1.500 famílias por ano”, disse João Paulo Rodrigues, um dos coordenadores nacionais do MST.
Na reunião, Paulo Teixeira apresentou um compromisso de 20 mil famílias assentadas para 2025. “Nós achamos pouco. Queremos o compromisso de 65 mil famílias para 2025”, declarou Rodrigues. Meses atrás, o MST pediu a demissão de Teixeira, porém, de acordo com Rodrigues, mudanças no ministério não foram discutidas.
Ceres Hadich, outra integrante da coordenação nacional do MST, disse que Lula provavelmente fará uma vista em algum acampamento de reforma agrária em Minas Gerais ou Pernambuco. O Palácio do Planalto não confirmou a viagem.