A região Oeste de Santa Catarina tem se consolidado como uma das maiores produtoras de soja do Estado, destacando-se pela produtividade crescente e o uso de tecnologias adequadas. Conforme exibido no último episódio do Programa Soja Brasilmais de 200 mil hectares são cultivados na área, com destaque para a produção de sementes e de proteína, essenciais para a indústria de ração animal, que utiliza a oleaginosa como matéria-prima.
Pequenos produtores, muitos deles localizados na região de Chapecó, têm obtido bons resultados por meio de manejos simples e eficazes. Desde a década de 90, o sistema de plantio direto transformou a produtividade da soja, com foco na recuperação e manutenção da qualidade do solo, como explica um dos produtores locais. De acordo com a reportagem, a expectativa para a safra deste ano é positiva, com o clima colaborando para o bom desenvolvimento das lavouras, e ele espera superar seu próprio recorde de produtividade, que foi de 80,1 sacos por hectare na safra anterior.
O outro lado: desafio para os produtores da soja
Apesar do cenário otimista, a colheita da soja, prevista para começar em janeiro, traz um desafio para os produtores: a possibilidade de chuvas durante o período de colheita. O mês de fevereiro é particularmente preocupante, já que historicamente a chuva nesse período pode afetar as lavouras. Em algumas áreas, as perdas podem chegar a até 20 sacos por hectare, o que impacta a rentabilidade dos produtores.
Em meio a esse cenário de desafios climáticos, a pressão sobre os preços da soja também é um ponto crítico. Muitos produtores afirmam que, para cobrir os custos e garantir a sustentabilidade das atividades, é necessário um aumento de 10 a 15% no preço da oleaginosa. A armazenagem da produção, especialmente em fevereiro, também pode se tornar um problema devido ao volume de soja a ser colhido de uma só vez, sobrecarregando as estruturas de armazenamento.