O mercado brasileiro de milho continua registrando preços firmes neste início de 2025, sustentado principalmente pela oferta ajustada e pelo otimismo após o relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). A análise, divulgada na última sexta-feira (10), trouxe previsões otimistas, com cortes na produção e nos estoques globais e americanos, fortalecendo as cotações internacionais.
De acordo com Paulo Molinari, consultor da Safras & Mercado, as cotações estão fortalecidas nos portos para exportação e o mercado interno trabalha com expectativas de preços mais altos no futuro. “A oferta de milho existe, mas a preços mais elevados”, ressalta.
Preços no Brasil
Nos portos, o preço segue entre R$ 78,00 e R$ 80,00 a saca (CIF) em Santos e Paranaguá. Nas principais praças do país, os valores são os seguintes:
- Paraná (Cascavel): R$ 69,00/71,00
- São Paulo (Mogiana): R$ 74,00/76,00
- Campinas (CIF): R$ 78,00/80,00
- Rio Grande do Sul (Erechim): R$ 73,00/74,00
- Minas Gerais (Uberlândia): R$ 68,00/69,00
- Goiás (Rio Verde – CIF): R$ 66,00/67,00
- Mato Grosso (Rondonópolis): R$ 65,00/66,00
Chicago e Dólar
No cenário internacional, os contratos futuros do milho em Chicago recuaram após altas nos últimos dois pregões. O contrato com vencimento em março caiu 0,41%, cotado a US$ 4,74 1/2 por bushel. Os investidores aguardam as chuvas previstas para a Argentina nesta semana, que podem aliviar as perdas causadas pela seca e pela onda de calor que já comprometeram as lavouras.
A retração nos preços do petróleo em Nova York também contribui para a pressão negativa. Ontem (13), o contrato de março subiu 1,27%, cotado a US$ 4,76 1/2 por bushel, enquanto o de maio avançou 1,51%, alcançando US$ 4,86 3/4 por bushel.
Apesar do mercado internacional pressionado e da valorização do real frente ao dólar, que desestimula negociações nos portos, o mercado brasileiro segue fortalecido, impulsionado por uma oferta limitada e preços competitivos internamente. As condições climáticas e a evolução da colheita na América do Sul devem continuar influenciando as cotações nas próximas semanas.