Neste domingo (1), cerca de 700 mil manifestantes foram às ruas de Tel Aviv e outras cidades de Israel, após o exército anunciar o resgate dos corpos de seis reféns mortos pelo Hamas, em Gaza. Pelo menos 29 pessoas foram presas durante confronto com a polícia, segundo informações divulgadas pelo Uol e pela CNN americana.
Os mortos, todos feitos reféns em 7 de outubro durante o ataque do Hamas em uma festa, são de quatro homens e duas mulheres. Os números da manifestação foram calculados pelo Fórum de Reféns e Famílias Desaparecidas à rede CNN. A associação que representa as famílias de alguns dos detidos em Gaza acredita que esse foi o maior protesto desde o início da guerra de Israel contra o grupo.
Objetivo da manifestação é pedir acordo para libertação de reféns. Muitos seguravam bandeiras israelenses e cartazes com imagens dos reféns mantidos em Gaza. Outros pediam o cessar-fogo. Parte deles culpa o fracasso do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu em garantir um acordo para interromper os conflitos e trazer seus entes queridos de volta para casa.
Durante o conflito com a polícia, manifestantes receberam fortes jatos de água. Muitas pessoas queimaram objetos e fecharam vias. Maior sindicato de Israel convocou uma greve geral para segunda-feira (2). Eles querem pressionar o governo de Netanyahu a trazer de volta os reféns israelenses ainda mantidos pelo Hamas em Gaza. O Aeroporto Ben Gurion, o principal centro de transporte aéreo de Israel, estará fechado a partir das 8h (horário local). Os serviços municipais no centro econômico de Israel, Tel Aviv, também estarão fechados nesta segunda-feira (2).
Sobre o resgate dos corpos, o Exército israelense confirmou a recuperação dos corpos de seis reféns em túnel subterrâneo de Rafah. Eles teriam sido executados pouco antes da chegada dos israelenses. Entre os mortos, estava jovem americano-israelense que se tornou um dos reféns mais famosos do Hamas.
Cerca de 101 reféns continuam mantidos em Gaza, embora Israel acredite que um terço deles não esteja mais vivo. Netanyahu e muitos linha-dura em seu governo, assim como seus apoiadores, continuam se opondo a qualquer acordo de reféns que libertaria militantes das prisões israelenses e ajudaria a manter o Hamas no poder.