Mato Grosso vive uma temporada histórica de incêndios florestais. De acordo com o BD Queimadas, uma plataforma do COMPROMETER-SE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), 80 dos 142 municípios do estado sofreram com fogo. No entanto, outro dado triste revela o quão perigoso tem sido o combate a esses incêndios no estado. Três brigadistas morreram queimados enquanto atuavam na linha de frente de combate as chamas que assolam a região.
Lucas Bahia Medeiros, de 26 anos, foi encontrado carbonizado, no sábado (16), na região do Manso, em Chapada dos Guimarães, a 65 km de Cuiabá. No mês passado, dia 26 de agosto, Uellinton Lopes dos Santos, de 39 anos, foi carbonizado na Terra Indígena Capoto Jarina, em São José do Xingu (MT), 931 km da capital.
No dia 22 de agosto, Paulo Henrique Pereira Souza, morreu enquanto ajudava no combate a um incêndio que atingiu uma área de canavial próxima da BR-163, na zona rural de Itiquira, a 359 km de Cuiabá.
Conforme o Corpo de Bombeiros, até as últimas 24 horas, mais de mil militares trabalham em regime de revezamento no combate aos incêndios. Até o momento já 38 incêndios florestais ativos.
Quem eram os brigadistas?
Mecânico e maranhense, Lucas Bahia veio de Açailândia, há um mês para atuar na empresa J Y Agroflorestal como brigadista. Segundo seu amigo, Laécio Barros da Silva, de 33 anos, poucas pessoas sabiam que ele estava em Mato Grosso.
Em nota, a empresa lamentou a morte do funcionário, e se colocou a disposição dos familiares para os procedimentos sequentes.
Uellinton Lopes era de Brasília e trabalhava no Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) como brigadista. Anteriormente, ele já havia trabalhado também como brigadista para no ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade).
Em nota, o Ibama lamentou a morte do servidor e se colocou á disposição dos familiares.
Paulo Henrique era funcionário de uma fazenda de cana-de-açúcar e estava trabalhando no caminhão-pipa apagando as chamas quando o fogo alcançou o veículo e ele não conseguiu sair a tempo. A lavura pertence a uma usina de Mato Grosso do Sul.
Em nota, a instituição informou que estava prestando todas as assistências necessárias para evitar esse tipo de acidente e se colocou á disposição dos familiares.