Nesta segunda-feira (11), às 14h, acontece a primeira audiência de instrução e julgamento do caso de Lucas Veloso Peres, aluno que morreu durante um treinamento do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso, na Lagoa Trevisan, em Cuiabá. A morte aconteceu em fevereiro deste ano.
O jovem, de 27 anos, chegou a ser socorrido pelas pessoas que acompanhavam o treinamento e levado a um hospital particular da capital, mas, não resistiu e morreu na unidade de saúde.
Cleuvimar Selvo Peres, pai de Lucas, afirmou neste domingo (10) que saiu de Goiás para acompanhar a audiência em Cuiabá. Ele terá como advogado um assistente do Ministério Público. “Estou indo sozinho, pois estou poupando a família desta dor”, disse ao Primeira Página.
Relembre o caso
O aluno participava de um exercício de salvamento do Corpo de Bombeiros, na Lagoa Trevisan, no dia 27 de fevereiro deste ano, para se tornar um soldado na corporação. A atividade estava sendo realizada dentro da água. Na mesma semana da morte, a perícia da Politec (Perícia Oficial e Identificação Técnica) apontou que a morte de Lucas foi por afogamento.
Lucas era goiano, formado em engenharia e desde criança sonhava em ser bombeiro. O jovem estava noivo e com o casamento marcado para o segundo semestre deste ano. Segundo a família, ele pretendia concluir o curso dos bombeiros para se casar com a noiva, com quem estava junto há quase 5 anos.
A investigação foi conduzida pelo Corpo de Bombeiros. Em maio, o Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) denunciou dois bombeiros envolvidos na morte de Lucas. O órgão também pediu indenização de mais de R$ 1 milhão em danos causados para os familiares da vítima. Na denúncia, o MPMT ainda citou a cronologia dos fatos e o que teria acontecido durante o treinamento.