A DERF- Rondonópolis (Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Rondonópolis) concluiu nesta semana o inquérito sobre a Operação Cattus, desmantelando uma rede criminosa que fraudava medidores de energia elétrica. Dez pessoas foram indiciadas por estelionato, receptação, furto e associação criminosa.
A investigação revelou que quatro indivíduos se uniram para adulterar medidores e furtar energia, beneficiando empresas e pessoas físicas. A fraude causou prejuízos significativos. Na primeira fase da operação e 2022, uma rede de lojas de salgados em Rondonópolis foi beneficiária da fraude, utilizando equipamentos eletrônicos para desligar medidores e evitar contabilização do consumo.
A concessionária de energia identificou em 2021, fraudes em todas as 15 unidades da rede, estimando prejuízo de R$ 116.839,82. A empresa era de propriedade de três dos indiciados por estelionato. A investigação revelou a participação de funcionários de empresas terceirizadas.
A Operação Cattus foi realizada em duas fases, com a primeira ocorrendo em 2022. A concessionária registrou perda de 728 mil gigawatts em 2023 devido a fraudes e furtos de energia.
A investigação revelou que três dos indiciados eram sócios em uma empresa de serviços elétricos e eram responsáveis por adulterar medidores de energia. Outro indiciado era o responsável por encontrar clientes interessados na fraude e fornecer software para manipular os medidores. Um investigado, que trabalhava como terceirizado da concessionária, vendia lacres de segurança e trocava medidores. Ele também fornecia uniformes e materiais para que os executores da fraude se passassem por funcionários da concessionária.
Os indiciados também orientavam os clientes sobre como proceder para evitar suspeitas. Eles simulavam fiscalizações da concessionária para extorquir dinheiro de clientes que usavam medidores fraudados. Além da empresa de salgados e residências, um lava jato também se beneficiou do esquema criminoso. A investigação mostrou que os responsáveis pelo esquema explicavam técnicas de adulteração, como a “técnica do bastão”, para manipular os medidores e evitar o registro de consumo de energia.